segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Picada Escura, da Picada Escura



O Picada Escura, da Picada Escura

Uma jornada a Venâncio Aires e a idéia de se fundar um time de futebol. Assim começa a história do surgimento do Esporte Clube Picada Escura, situado na localidade de Picada Escura, na região do campo de Candelária. Quem conta sobre a equipe é o agricultor aposentado Plínio Alves dos Santos, hoje com 66 anos de idade. O agricultor relata que no ano de 1958 foi residir no município de Venâncio Aires para plantar arroz. “Na época tinha alguns trabalhadores que gostavam de jogar futebol aos finais de tarde. Logo quando eu cheguei eles me convidaram para jogar e passei a gostar da modalidade”, conta. Santos ficou aproximadamente um ano em Venâncio, retornando em 1959. Com 16 anos, o jovem, juntamente com o pai, Juvenal Alves dos Santos (Seu Nena) e o irmão Darci Alves dos Santos, decidiram fundar na localidade de Picada Escura a equipe do Esporte Clube Picada Escura. “Percebi que já existiam alguns times na região e decidimos fundar o time na Picada Escura”, diz. O primeiro time foi formado com os seguintes membros: Joca, Plínio Alves, Darci Alves, Reni Butzke, Vilibaldo Barros, Assis Barros, Armindo Minks, Erci Coimbra, Arthur Ferreira, José Butzke, Sergio Porto entre outros. Plínio Alves foi também o treinador e presidente da equipe nos primeiros anos. O fundador lembra que as cores da equipe eram iguais ao Flamengo e com o passar do tempo, o Picada Escura passou a ter o apelido da famosa equipe rubro-negra. O fundador se recorda do primeiro amistoso da equipe que foi realizado contra o Independência, do Bom Retiro, no campo situado na propriedade de Reinaldo Butzke. “Na estréia, vencemos por 4x0, com dois gols meus e dois do Armindo”, lembra. No final de semana seguinte, a equipe retribuiu a visita e acabou sendo derrotada por 2x1 no Bom Retiro. A equipe rubro-negra da Picada Escura contava apenas com os jogadores da localidade e disputou amistosos contra o Gaúcho (Palmeira), Botucaraí, Pinheiro, Sarrazani (Faxinal dos Porto), Pedras Brancas (Rincão do Taquarussú), entre outros times da região.
NOME – Com o passar do tempo, o Picada Escura sempre disputava jogos e torneios aos finais de semana. No início da década de 70, a equipe mudou o local do campo, passando para a localidade de Capão Claro, na propriedade de Francisco Correa, e também trocando o nome da equipe de Picada Escura para Esporte Clube Nacional. As cores da agremiação também passaram a ser o vermelho e branco. “Apenas mudamos o campo e o nome, mas os atletas continuavam os mesmos”. Algum tempo depois, o Nacional disputou um campeonato organizado pelo Botucaraí e que foi disputado pelo alvi-rubro da Vila, Minuano (Vila Fátima) e Gaúcho (Linha Palmeira). Ao final, a agremiação da Picada Escura obteve o 2º lugar, sendo o Minuano o vencedor da competição. O aposentado lembra ainda dos atletas Sadi Cunha e Célio Cunha, que na sua opinião, foram alguns dos destaques, tanto do Picada Escura, como no Nacional. “O Sadi era bom zagueiro e o Célio era um definidor como poucos. Sabia chutar com os dois pés”, frisou.
MUNICIPAL – Plínio se recorda ainda que a equipe do Nacional disputou um campeonato municipal. O fundador não se recorda o ano, mas lembra ter enfrentado as equipes do América (Linha Boa Vista), Independência (Bom Retiro) e Gaúcho (Linha Travessão). A equipe da Picada Escura acabou sendo eliminada na primeira fase. Após esta participação, a equipe não disputou mais o certame, voltando a realizar somente amistosos. Na década de 80, Plínio veio residir com a família na cidade e outras pessoas passaram a administrar a equipe que existiu até meados da década de 90. O fundador lembra com carinho das grandes partidas de futebol disputadas na localidade. “Naquela época era bonito de ver como as pessoas gostavam do futebol, como envolvia a comunidade. Era um tempo bom que não volta mais”, finalizou.
Na foto que ilustra a matéria, uma das formações do E.C. Picada Escura: Joca, Cássio Barros, Ivo Vargas, Sergio Porto, Zauri da Silva e Sadi Cunha. Agachados: Civo, Darci Alves dos Santos, Plínio Alves dos Santos, Nicolau Vargas e Reni Butzke.

Um comentário:

  1. Sadi Cunha é meu pai. e o Celio Cunha e meu tio. Muito legal ler esse post..

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