segunda-feira, 29 de junho de 2015

Maxxycandeias é o campeão Municipal de Futsal 2015

Após bater na trave em duas finais no ano de 2014, a equipe de futsal do Maxxycandeias/Farmácia Vide Bula pode enfim soltar o grito de é campeão. Em final disputada na noite da última sexta, 19, no Ginásio Municipal Walter Filter, a equipe comandada pelo técnico Rodrigo Souza venceu a Pró Gol, conquistando de forma inédita o título de Campeão Municipal de Futsal.
Apesar do frio intenso, típico do inverno gaúcho, o torcedor praticamente lotou todas as dependências do Walter Filter para acompanhar os jogos derradeiros que decidiram o Campeonato Municipal Sesc de Futsal 2015. No primeiro jogo, válido pela categoria master, se enfrentaram Pró Gol x FCC. Mesmo jogando com a vantagem do empate por ter vencido o primeiro jogo, a Pró Gol voltou a se impor e confirmou o título da categoria ao vencer novamente o FCC por 2x0, gols de Cleber (2), confirmando o bi-campeonato municipal da categoria para a equipe. Na solenidade de premiação, o goleiro Quaty, da Pró Gol, foi o menos vazado. Marco Kohl, do Minuano, foi o goleador, com 10 gols e escolhido o destaque do campeonato. O troféu e medalhas de terceiro lugar ficou com a Fruteira Só da Roça, com o FCC recebendo o troféu e as medalhas de vice-campeão. O prefeito Paulo Butzge entregou o troféu e as medalhas de campeão ao capitão da Pró Gol, Alcir Braz, o Alemão, para festa dos jogadores e membros da equipe com mais uma conquista.
CATEGORIA LIVRE – Após a final da master, teve início a final da categoria livre com o confronto entre Maxxycandeias/Farmácia Vide Bula x Pró Gol. Em igualdade após o eletrizante empate em 5x5 no primeiro jogo, as duas equipes começaram o jogo buscando o ataque, mas pararam nas defesas dos goleiros Rodrigo, do Maxxycandeias e Quaty, da Pró Gol, que tiveram grande atuação na partida. Quando o cronometro apontava 20 segundos para o término da primeira etapa, o Maxxy saiu em vantagem com Coelho, que recebeu passe de Rodriguinho em cobrança de escanteio, se antecipou à marcação realizada por Gerson e bateu sem chances para Quaty, 1x0 Maxxycandeias.
No segundo tempo, a Pró Gol começou melhor e passou a criar chances com Bruno Hoppe, Gilnei e Dionatan, todos defendidos por Rodrigo. Restando 10 minutos o técnico Rodrigo Souza colocou Bugrinho na partida. Em seu primeiro lance, o ala do Maxxy deu uma “caneta” em Gilnei e na cara de Quaty, bateu firme, fazendo 2x0. Cerca de dois minutos depois, Bugrinho decidiu a partida ao aproveitar um novo vacilo da marcação para fechar o placar em 3x0, confirmando o título municipal ao Maxxycandeias.

Após o apito final, jogadores, comissão técnica e torcedores comemoraram a conquista do inédito título para a equipe. Na solenidade de premiação, o goleiro Rodrigo, do Maxxycandeias, foi o goleiro menos vazado.  Coelho, do Maxxycandeias, foi o goleador do com 15 gols e escolhido o destaque do campeonato. A Semal obteve o troféu e as medalhas de terceiro lugar. O capitão Dionatan, da Pró Gol,  recebeu a premiação pelo vice-campeonato e o capitão Eder Cezar, do Maxxycandeias, recebeu do prefeito Paulo Butzge, a taça de campeão municipal de futsal 2015, que foi comemorada com a tradicional volta olímpica e desfile pelo centro da cidade.

Pró Gol, campeão na master

FCC, vice-campeão na master

Maxxycandeias, campeão na categoria livre

Pró Gol, vice-campeão na livre

Quaty, goleiro menos vazado na master

Marco Kohl, do Minuano, goleador com 10 gols e destaque da Categoria Master

Rodrigo, do Maxxycandeias, goleiro menos vazado da categoria livre

Coelho, do Maxxycandeias, goleador e destaque da categoria livre 

Festa do Maxxycandeias/Farmácia Vide Bula, campeão inédito do municipal de futsal

Intermunicipal de futebol - parte 2

A temporada 2015 da série Riquezas do Nosso Futebol publica hoje, 12, a última reportagem da edição que resgatou as histórias de clubes e campeonatos de futebol envolvendo as cidades de Novo Cabrais, Cerro Branco e Candelária. Hoje será contada a disputa dos dois últimos Campeonatos Intermunicipais de Futebol entre Candelária e Cerro Branco, realizados em 93 e 94, que foram vencidos por Estrela e Minuano (titulares) e Unidos e Ouro Verde (reservas). 

Estrela, bicampeão em 1993
Na terceira edição do Intermunicipal, em 1993, oito equipes participaram da disputa. Jogaram naquele ano os times do Estrela, Real, União e Cerro Branco (Cerro Branco) e Unidos, Olarias, Canarinho e Aliança (Candelária). Na fase classificatória, as equipes de Cerro Branco (chave A) enfrentaram as de Candelária (chave B) em turno e returno. Somente os campeões de cada chave no primeiro e segundo turno obtiveram classificação para as semifinais nas categorias A e B. Nos titulares, as semifinais foram entre Unidos x União e Estrela x Olarias. 
Nos jogos de ida, o Unidos fez 5x2 no União, no Estádio Darcy Martin, gols de Fio, Miguelzinho, João Leandro e Rogério (2) para os candelarienses. Cleber e Edson descontaram para os cerro-branquenses. Já na Picada Pfeifer, o Estrela venceu o Olarias por 2x0, gols de Lione e Ji para a equipe de Cerro Branco. Nas partidas de volta, o Unidos foi até a Picada Pfeifer (campo do Estrela) e obteve a vaga na final ao empatar em 2x2 com o União, gols de Telmo e Cléber para os cerro-branquenses e de Flávio (2) para os candelarienses. Já o confronto entre Olarias x Estrela foi vencido pelo Olarias por 1x0, gol de Nereu. O resultado forçou a realização de um jogo extra no Estádio Darcy Martin. Após empate em 0x0 no tempo normal e na prorrogação, o Estrela avançou para a final ao vencer por 4x2 nos pênaltis.
A final entre Unidos x Estrela foi disputada em dois jogos no Estádio Darcy Martin. No primeiro jogo, o Estrela venceu por 1x0, gol de Maneco. Na partida de volta, ocorreu o empate em 1x1, gols de Zico para o Estrela e de Telmo Cezar para o Unidos, resultado que garantiu o bicampeonato ao time da Picada Pfeifer. O time campeão foi formado com Giovani, Balaca, Zequinha, Luis Cesar e Lindomar. Gi, Mateus, Fernando (André), Duxinha (Rogério), Maneco e Zico. Já o Unidos teve Zeiro, Airton (Taxinha), Pingo, Bafu e Miguel Inácio. Zeca, Amarante e Rogério. Gilmar Pavin, Lindomar e Miguelzinho. Nas equipes B, o Unidos foi o campeão ao vencer o Olarias por 4x1 na final disputada na Linha do Rio. Os gols foram marcados por Taxinha, Lindomar (2) e Pingo para o Unidos. Alcione marcou para o Olarias. 



Estrela, bicampeão em 1993


Minuano, campeão em 1994
A hegemonia de Cerro Branco na competição foi quebrada no ano de 1994 com a conquista do único título de uma equipe candelariense na categoria titulares. Coube ao Minuano, da Vila Fátima, encerrar com o tabu. Novamente oito equipes participaram da competição. Com a ausência do Cerro Branco, coube ao Grêmio Esportivo Juventude, que naquele ano comemorou 50 anos de fundação, integrar a chave de Cerro Branco com Real, Estrela e União. Já a chave de Candelária foi composta por Minuano, Ouro Verde, Botucaraí e La Salle. Novamente as equipes se enfrentaram em turno e returno. Os dois melhores que somassem a maior pontuação geral por chave se classificavam para as semifinais.
Um dos motivos que fez com que o certame fosse realizado pela última vez foi a sequência de confusões registradas na competição. Estreante na competição, o La Salle foi eliminado pela Junta Desportiva Disciplinar por reincidência de agressões envolvendo membros da equipe durante a fase classificatória. Nos titulares, o Botucaraí perdeu pontos pela escalação de um atleta irregular. A infração beneficiou o Real, de Cerro Branco, que obteve os pontos da partida e se classificou para a semifinal, eliminando o Estrela da competição.
Nos titulares, as semifinais do intermunicipal foram entre União x Ouro Verde e entre Minuano x Real. Nos jogos de ida, empates em 0x0 (Minuano x Real) e 2x2 (Ouro Verde x União). Nas partidas de volta, novo empate em 2x2 entre Minuano e Real. Na morte súbita, o Minuano obteve a classificação para a final ao vencer por 1x0. Já o União conquistou a classificação ao vencer o Ouro Verde por 4x0 na Picada Pfeifer.
Na final, novamente em dois jogos no Estádio Darcy Martin, o União buscava o bi e o Minuano um título inédito. No primeiro jogo, empate em 1x1, gols de Batista para o Minuano e de Sergio Almeida para o União. No segundo jogo, o Minuano fez valer a sua tradição em finais e quebrou o tabu cerro-branquense ao vencer o União por 1x0, gol de Cláudio Cezar para o time da Vila Fátima. O time campeão foi formado com Fabiano, Ducho, Gilmarão, Márcio e Air. (Xande), Ebandro, Julio e Nereu. Claudio Cezar, Farias e Batista (Luizinho). Já o União foi formado com Nico, Alamir, Luis, Nenê e Jeremias (Leandro); Denisson (Dilson), Larri (Anderson) e Queli. Machado, Sergio Almeida e Pelezinho.
Nas equipes B, o título ficou com o Ouro Verde ao vencer o Botucaraí. No jogo de ida, empate em 1x1 e no jogo de volta, vitória da equipe da Linha Bernardino por 2x0, gols de Lito (2). O time campeão foi formado com Ilimar, Rogério, Evandro, Alceu, Maurício, Elton, Lito, Pirú, Gildomar, Marcelo, Valdomiro, Marco Garcia e Renê Kohl.


Minuano, campeão em 1994

Os intermunicipais de futebol - parte 1

A série Riquezas do Nosso Futebol relembra hoje, 4, e na próxima edição um dos campeonatos mais disputados e que envolveu as comunidades de Candelária e Cerro Branco. As histórias contadas serão do Intermunicipal de Futebol, que foi realizado entre 1991 e 1994. Na primeira parte, relembramos as duas primeiras disputas, realizadas em 91 e 92, que foram vencidas por Estrela e União (titulares); Minuano e Real (reservas). 

1991 - Estrela, o primeiro campeão
Através de iniciativa do esportista Valério Lawall, presidente do Estrela, um novo Campeonato de Futebol de Campo começou a ser idealizado, visando fomentar a prática do esporte nos municípios de Candelária e Cerro Branco. Após um primeiro encontro, realizado no dia 25 de janeiro de 1991, na Câmara de Vereadores de Cerro Branco, ficou definido que naquele ano começaria a ser realizada a disputa do Campeonato Intermunicipal de Futebol envolvendo os dois municípios.
Em 91, se habilitaram para a disputa as equipes do Estrela (Picada Pfeifer), União (Arroio Bonito), Real (Cerro Branco), Cerro Branco (Alto Cerro Branco), representando Cerro Branco, e de Minuano (Vila Fátima), Botucaraí (Vila Botucaraí), Canarinho (Linha Facão) e Unidos (Bairro Ewaldo Prass), representando Candelária. Para marcar o início do campeonato, foi realizado no campo do União, em Arroio Bonito, um torneio-início envolvendo as equipes participantes. A final foi entre Estrela x Unidos, com o time candelariense sendo declarado campeão após sorteio.
Na fase classificatória, as equipes se enfrentaram em turno e returno, com as duas melhores de cada turno avançando para as semifinais. A fase semifinal foi entre Estrela x Unidos, com vitórias da equipe da Linha Pfeifer por 3x1 e 1x0. No outro confronto, entre União x Canarinho, empate em 3x3 em Arroio Bonito e vitória do Canarinho por 3x0 em Linha Facão. Na final, disputada em dois jogos no estádio Darcy Martin, o Estrela conquistou o título ao vencer o Canarinho por 1x0, gol de Mirat, no primeiro jogo, e empatar em 0x0 na segunda partida. O time campeão do Estrela foi formado com Bráulio, Vanderlei, Badeco, Elton, Rogério, Mirat, Osmar, Gi, Fernando, Leone (Tito) e Zico. Vice-campeão, o Canarinho foi formado com Zeiro, Leomar, (Rui Kohl), Itamar, Tesch, Enor, Poio, Hermes, (Carlão), Marcos Kohl, Roni e Barbosinha (Dilamar). Nas equipes B, o Minuano, da Vila Fátima, foi o campeão ao vencer o Unidos, nos pênaltis, por 4x3.


Estrela, da Linha Pfeifer, foi o primeiro campeão intermunicipal em 1991


1992 - União conquista título nos pênaltis 
Em 1992, o Intermunicipal de futebol já era uma realidade consolidada. Oito equipes participaram da disputa. As novidades daquele ano foram as estreias de Ouro Verde, Olarias e Aliança, que entraram após as desistências de Unidos, Botucaraí e Minuano. Os três estreantes se juntaram ao Canarinho como os representantes de Candelária. Estrela, União, Real e Cerro Branco seguiam como os representantes de Cerro Branco.
A fórmula de disputa seguia a mesma, com as equipes divididas em duas chaves de quatro e se enfrentando em turno e returno, com os dois melhores de cada chave por turno avançando para as semifinais.  No primeiro turno, os classificados foram Canarinho e União. No segundo, avançaram para as semifinais Olarias e Cerro Branco, que obtiveram a classificação ao golear o Ouro Verde por 21x1, sendo esta a maior goleada já registrada na história do futebol amador local.
Nas semifinais, se enfrentaram Olarias x União e Canarinho x Cerro Branco. Nos jogos de ida, vitórias do Olarias por 2x1 na Linha do Rio e do Canarinho por 4x3 em Alto Cerro Branco. Nas partidas de volta, o Cerro Branco venceu o Canarinho por 3x2 na Linha Facão, mas o Canarinho se classificou por ter melhor campanha. Já o União venceu o Olarias por 2x1 em Arroio Bonito, com o time de Cerro Branco também se classificando pela melhor campanha.
Na final, novamente disputada em dois jogos no estádio Darcy Martin, Canarinho x União empataram em 0x0 nos dois jogos. O título foi decidido nos pênaltis, em série alternada de cobranças. O União coverteu as cobranças com Butica, Osvaldo e João Gaspar. Marco Kohl marcou para o Canarinho e Poio errou a sua cobrança, que selou a conquista do título pela equipe cerro-branquense. O time do União foi formado com Adriano, Douglas, Badeco, Mariton e Butica. Queli, Murat e Larri. Carlinhos, Fernando e Teco. Entraram Osvaldo, João Gaspar e Everson. Já o Canarinho teve Chico Preto, Roni, Hugo, Enor e Arselmo. Chubrega, René e Ari. Alex, Clóvis e Marco Kohl. Entraram Hermes, Marco Garcia, Gérson e Poio. Nas equipes B, o Real, de Cerro Branco, sagrou-se campeão ao vencer o Aliança, de Candelária, por 1x0. A final foi realizada em jogo único, no campo do Olarias, na Linha do Rio.  



União, de Arroio Bonito, sagrou-se campeão em 92 ao vencer o Canarinho nos pênaltis

O Real, de Cerro Branco

Anos 60, época que o Brasil começava a se encantar com as maravilhas do futebol após as conquistas da Seleção Brasileira, que se consagrou bi-campeã do mundo nas copas de 58 na Suécia e de 62 no Chile. O Santos, de Pelé, Pepe, Coutinho e Cia, encantava o mundo e se consagrou bi-campeão mundial interclubes em 62 e 63 ao vencer Benfica e Milan. No Distrito de Cerro Branco, interior de Cachoeira do Sul, surgia no ano de 1962, a equipe denominada Real, fundada por membros da Juventude Luterana Betel.
Conforme informações colhidas pelo atual presidente do clube, Alexander Gehres, o time surgiu após o pastor Bruno Rith formar a Juventude Luterana Betel, onde os jovens tinham a necessidade de reunir os jovens na comunhão e no lazer. Os próprios jovens da época construíram o atual campo da equipe, localizado aos fundos da Comunidade Betel, com o uso de carroças, pás, enxadas para colocar terra e plainar o terreno, que ficava em uma área de banhado no local.
O primeiro time do Real foi formado com Bodo Rolando Weber, Streck, José Alves Ferreira (Neguinho), Lourenço Halberstadt, Milton Borchardt, Hilton Seckler (Faísca), Bruno Seckler, Carlinhos Fetter, Erny Kudrna, Professor Valter Schlling, Ernani Kudrna, Bruno Radtke, Bruno Rith, Herci Scheffel e Tio Nica.
A partir dos anos 70, João Darci Ferreira, hoje com 58 anos, assumiu o time. Ele recorda que ele e seu pai, Amélio Alves Ferreira (já falecido), organizavam o time para a disputa de amistosos e torneios aos finais de semana. "Sempre jogávamos amistosos. O futebol era uma diversão a cada domingo, com a comunidade sempre prestigiando", lembra Ferreira. Conforme o ex-jogador do Real, toda a renda adquirida na copa e cozinha era revertida para a construção da estrutura do campo.
Sobre os adversários, João e Alexander lembram das partidas contra o Estrela. "Estrela x Real sempre foi um grande clássico. A rivalidade se formou porque ninguém aceitava perder", conta João. Em campeonatos, o Real participou nos anos 70 e 80 da segunda e primeira divisão em Cachoeira do Sul. O melhor resultado da equipe foi o vice-campeonato da segunda divisão obtido em 1976. No ano de 1992, a equipe reserva do Real sagrou-se campeã do Intermunicipal de Futebol entre Cerro Branco e Candelária ao vencer o Olarias na final.
Entre os anos de1999 a 2010, o Real paralisou as suas atividades. A equipe voltou a disputar competições em 2010 na disputa do Intermunicipal de Futebol entre Cerro Branco, Novo Cabrais e Paraiso do Sul, que teve a final entre Real x Estrela. Assim como antigamente, a rivalidade foi mais forte e interrompeu a partida decisiva disputada em Cerro Branco. Devido ao fato, o campeão da competição não foi conhecido.
Com apoio da Prefeitura Municipal, o campo do Real recebeu melhorias e foi reinaugurado em 2014 com uma partida amistosa entre os veteranos do Real x Veteranos do Grêmio. Idolos como Dinho, Carlos Miguel e Arilson, campeões da América com o tricolor em 1995, estiveram na partida, que foi vencida pelos tricolores por 12x2 sobre os cerro-branquenses. No final do ano, foi realizado um Campeonato Intermunicipal de Futebol entre Cerro Branco e Novo Cabrais. Nos titulares, o Real sagrou-se campeão ao vencer o São Claudio na final, que foi disputada em Cerro Branco.
Atualmente o Real segue as suas atividades. Recentemente a equipe disputou o Campeonato Regional de Futebol Sete de Novo Cabrais e o Campeonato Regional de Futebol do Centro-Serra, sendo eliminado na primeira fase nas duas competições. "O Real tem uma história bonita e que merece ser valorizada pelas novas gerações. Mesmo com todas as dificuldades, continuamos a fazer futebol para manter o time em atividade. Hoje esta cada vez mais difícil pela falta de interesse da juventude, mas espero que isso mude e o Real possa voltar a ser o grande time que foi no passado", finalizou o presidente Alexander Gehres.



Uma das primeiras formações do Real em 1962
Time do Real em registro de dezembro de 1978

Real, campeão intermunicipal (Candelária/Cerro Branco) da categoria B em 1992

Real, campeão intermunicipal (Cerro Branco/Novo Cabrais) da categoria titulares em 2014

Alexander Gehres e João Darci Ferreira relembram as histórias do Real



O Cerro Branco, de Alto Cerro Branco

Paixão nacional, o futebol sempre mexeu com as emoções dos esportistas que moram na região serrana de Cerro Branco. Desde os anos 70, times da região se destacavam na disputa de amistosos e torneios, tendo o esporte como principal atividade de lazer aos fins de semana. Quem recorda bem desta época é o agricultor Romeu Züge. Hoje com 60 anos, ele lembra que um dos primeiros times da região foi o Floriano, da Picada Lajeado. 
"Comecei a jogar futebol com 15 anos na equipe B do Floriano. Jogávamos amistosos contra Real, Primavera (Linha Alta Baixa), Brasil (Linha São Luiz), São Luiz (Linha São Luiz), União (Arroio Bonito), Canarinho (Arroio Bonito), Vasco (Serraria Scheidt), Corinthians (Linha São Pedro), Estrela (Picada Pfeifer), Palmital (Palmital), entre outros. Só na nossa região tínhamos mais de 20 times de futebol", conta o agricultor. Conforme Züge, os fundadores do Floriano foram Arcido Hoffmann, Etuíno Hoffmann, Beno Braatz e Elinho Fritz. Na categoria titulares, o Floriano era formado com Alfredo Golke, Valdemar Golke, Gélo, Pinguinho, Nico, Rosimo Souza, Gelsi Züge, Geraldo, Bita Faber, Valdir Souza e Pedrinho Pereira.
Züge conta que nos anos 80 o Floriano passou a se chamar Flamengo, do Alto Cerro Branco, que também disputava amistosos. Após, a equipe foi denominada Flor da Serra, do Alto Cerro Branco, e seguia na disputa de amistosos e torneios pela região. O Flor da Serra era formado com Pelé, Romeu Züge, Sete, Mauro, Estozel Braatz, Maninho, Edir, Demar, Jacózinho, Neco e Zafanelli.
INTERMUNICIPAL - Entre os anos de 1991 e 1993, a equipe passou a se chamar Cerro Branco, de Alto Cerro Branco, para disputar a primeira competição oficial, o Campeonato Intermunicipal entre Cerro Branco e Candelária. Quem lembra destas participações é o ex-jogador e presidente da equipe, Estozel Braatz. Ele conta que a equipe tinha vários jogadores de Candelária para a disputa da competição. "Eu pegava a minha camioneta e buscava todos eles em Candelária. Em casa, nossos jogos sempre lotavam, chegávamos a vender de 25 a 30 caixas de cerveja por domingo", lembra Estozel.
A melhor participação do Cerro Branco no Intermunicipal aconteceu em 1992, quando a equipe foi protagonista de um dos placares mais elásticos da história da competição, que lhe rendeu a classificação para a semifinal. Romeu Züge conta em detalhes esse episódio. "Estávamos disputando a classificação com o Real e precisávamos vencer o Ouro Verde de goleada na casa deles. No intervalo estava 7x0 para nós, quando nos informaram que o Real também estava goleando o Olarias. Como estávamos empatando em pontos e o saldo de gols seria o critério de desempate para a classificação, no segundo tempo fizemos mais 16 gols, com o jogo terminando 21x1 para o Cerro Branco. Como o Real venceu o Olarias por 5x0, ficamos em primeiro e nos classificamos", disse. 
Nas semifinais, o Cerro Branco enfrentou o Canarinho, da Linha Facão. No jogo de ida, vitória do Canarinho por 4x3 em Cerro Branco. Na partida de volta, em Linha Facão, o Cerro Branco venceu por 3x2. Como o Canarinho tinha melhor campanha e a vantagem de jogar por resultados iguais, a equipe de Candelária avançou para a final. O time de Cerro Branco em 92 foi formado com Marci, Márcio, Tailson, Marcos, João Leandro, Nereu, Leandro, Jaques, Julio, Luizinho e Joel. 
Em 1994, o Cerro Branco disputou a sua última competição, o municipal de futebol de Cerro Branco, onde chegou nas finais contra o União, de Arroio Bonito, nas categorias A e B, sagrando-se vice-campeão nas duas categorias. Com o início das competições de futebol sete, a equipe acabou encerrando as atividades. "De sexta a segunda nos dedicávamos a fazer futebol. Era uma festa para a comunidade. Foi um tempo bom que infelizmente acabou", concluiu Estozel. 



Uma das formações do Cerro Branco: Lauro, Paulo, Romeu, Demar, Luciano, Gilberto, Rudi e Jacó. Agachados: Gerso, Estozel, Golke, Ireno, Argeu, Renato e Erasmo

O Flor da Serra nos anos 80: Pelé, Romeu Züge, Sete, Mauro, Estozel Braatz e Maninho. Agachados: Edir, Demar, Jacózinho, Neco e Zafanelli

Romeu Züge lembra do início do time, quando ainda se chamava Floriano

 Estozel Braatz foi presidente da equipe durante as participações nos campeonatos

sexta-feira, 26 de junho de 2015

União, de Arroio Bonito

1981. Época que a ditadura militar começava a enfraquecer e a democratização do Brasil ganhava força no cenário político. No futebol, o Flamengo, de Zico, encantava, vindo a sagrar-se campeão da libertadores e do mundo. Com gol de Baltazar, em um Morumbi lotado, o Grêmio surpreendia o São Paulo e sagrava-se pela primeira vez campeão brasileiro de futebol.  Neste ano, no local conhecido como "Bar da Odete", em Arroio Bonito, interior de Cerro Branco, começava a surgir a Sociedade Esportiva União.
Quem lembra desta história é o ex-presidente e treinador da equipe, o vereador  Emir Lange, 47 anos. Ele conta que o time começou através de seu pai, Emilio Lange (já falecido) e um grupo de amigos, visando desenvolver a prática do futebol na localidade. O primeiro campo foi construído aos fundos da propriedade de Lange. "Para chegar no campo os carros precisavam passar por duas pranchas em uma sanga. Aqueles que bebiam demais, nós tínhamos que ajudar na volta, senão eles não passavam". O primeiro presidente da equipe foi Mauro Stecker. Emir lembra que Stecker pagava passagens de ônibus para Danilo Faber marcar amistosos com os outros times da região. "No início foi difícil, o Fabinho ia de ônibus e marcava os jogos. Aos poucos, o União foi sendo conhecido", conta Emir.Os primeiros jogadores da equipe foram Luis, Vilson, Clécio, Mateus, Osmar, Zezinho, Elisaldo, Vuta, Telmo, Márcio e Hélio.
CAMPEONATOS - Com o tempo, o União começou a fortalecer a sua base com jogadores oriundos de Estrela e Real. Como Cerro Branco pertencia ao município de Cachoeira do Sul, a equipe participou dos campeonatos da 2ª divisão, ficando entre os quatro melhores no segundo ano, obtendo o acesso para a 1ª divisão. "Naqueles campeonatos, o presidente ia de trator buscar jogadores em Rincão da Porta (hoje Paraíso do Sul), que trabalhavam na empresa Rabelo, que estava construindo a RSC 287. Foram bons tempos", diz Emir.
No primeiro ano na elite do futebol cachoeirense, em 1989, o União estava na liderança da competição, quando uma briga interrompeu o campeonato. A equipe cerro-branquense estava sete pontos na frente do segundo colocado e era considerada favorita a vencer o título. Nos anos 90, o time de Cerro Branco passou a disputar os intermunicipais de futebol, onde sagrou-se campeão dos titulares em 1992, ao vencer o Canarinho, de Candelária, na final.
Em 1994, a equipe de Arroio Bonito conquistou o único título de campeão municipal de futebol de Cerro Branco ao vencer o Alto Cerro Branco nas finais das categorias A e B. "Para mim essa foram as conquistas mais marcantes, pois foi um campeonato que tinha Real, Estrela e Alto Cerro Branco. Naquela época a rivalidade entre os times era muito acirrada", se recorda o ex-dirigente.
Após, não houve mais campeonatos, com o clube se dedicando a realizar somente amistosos. "No verão, sempre estávamos com a agenda cheia de amistosos em casa durante quatro meses. O pessoal gostava de ir devido à estrutura que tínhamos, com boa sombra, copa e cozinha. Com o lucro que tínhamos, sempre depois dos jogos, os jogadores ganhavam lanche e bebida liberada"
A equipe também formou um time feminino de futebol onze, que foi pioneiro na região. A equipe feminina sagrou-se campeão regional de futsal ao vencer o Excudetto, de Santa Cruz do Sul, por 7x3, em final disputada no Ginásio Poliesportivo, em Santa Cruz do Sul. O União também obteve conquistas nos municipais de futsal e de futebol sete em Cerro Branco. Após o término dos campeonatos de sete, o time parou as suas atividades. "Infelizmente o futebol sete terminou com o onze na região. Devido a isso se diminuiu o interesse e paramos com o time. Tenho saudades daquela época, onde cada domingo era uma alegria, uma diversão para todos",  finalizou Emir.

Uma das primeiras formações do União, em 1981

União, campeão intermunicipal em 1992


União, campeão municipal de Cerro Branco em 1994

Emir Lange mostra a galeria de troféus da equipe guardada na antiga sede


Estrela, de Linha Pfeifer

Anos 50. Período que o futebol começava a encantar os brasileiros nos mais diversos recantos. Época que a Seleção Brasileira perdeu uma Copa do Mundo (1950) em casa e venceu outra (1958) na Suécia, onde o mundo passou a conhecer Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, de apenas 17 anos, que nos anos seguintes, se consagraria como o maior jogador de todos os tempos.  No dia 05 de maio de 1959, surgia na localidade de Linha Pfeifer, distrito de Cachoeira do Sul, o Esporte Clube Estrela.
Conforme o relato de Valério Enzo Lawall, ex-prefeito de Novo Cabrais, o time foi fundado por seu pai, Enio Lawall, para representar a região de Cerro Branco na disputa de amistosos e torneios. O primeiro campo do Estrela foi denominado como Estádio da Montanha e ficava localizado na propriedade de André Becker. A primeira equipe foi formada com Enio Lawall, Milton Borchardt, Lorenço Halberstadt, Lota Schiling, Nilson Schoenfeldt, Renato Halberstadt, Marcilio Schoenfeldt, Sildo Schoenfeldt, Ronaldo Garske, Geraldo Streck e Chico Streck..
Nos anos de 1964 e 1965, o Estrela disputou os primeiros campeonatos intermunicipais, realizando partidas contra Real (Cerro Branco), Gaúcho (Linha Palmeira), Independente (Bom Retiro), Minuano (Vila Fátima), Botucaraí (Vila Botucaraí), Picada Escura (Picada Escura), entre outros. Neste dois anos, a competição foi vencida pelo Minuano, da Vila Fátima. Em 1972, a equipe de Linha Pfeifer passou a integrar a Liga Cachoeirense de Futebol, que foi fundada naquele ano e reunia as equipes da cidade e do interior de Cachoeira do Sul. Dois anos depois, o Estrela conquistou o título de campeão do interior, sendo a primeira conquista expressiva da equipe de Linha Pfeifer.
"Aquele campeonato do interior tinha a participação do  Sindicato (Cortado), São João (Cortado), Contenda (Vila Paraiso), Aliança (Rincão da Porta), Três Vendas (Três Vendas), Pertile (Pertile), Real (Cerro Branco) e Primavera (Cerro Branco). Foi uma grande conquista para a nossa comunidade", recorda Lawall. O time campeão foi formado com Ari, Danilo, Ancheta, Armirio, Jalmar,Tobata, Nito, Adroaldo, Marcilio, Bruno e Hiti. O treinador era Sildo e o presidente Valter.
CONQUISTAS - No início dos anos 80, o Estrela acabou perdendo o seu campo devido ao proprietário não ceder mais o espaço para a prática esportiva. Até adquirir um novo campo, o time passou a mandar os seus jogos nos campos do União e do Três Vendas. Em maio de 1985, o clube adquiriu a sua sede própria na localidade, existente até hoje. "Compramos o espaço por 3 milhões de cruzeiros, sendo uma grande quantia para a época", lembra o ex-prefeito, que atuava como jogador e presidente da equipe.
Em 1983, o Estrela disputou a segunda divisão do municipal de Cachoeira do Sul, vindo a ser campeão. Em 84, a equipe chegou até a final da primeira divisão, mas acabou obtendo o vice-campeonato. Nos anos de 86,87 e 88, a equipe de Linha Pfeifer sagrou-se tri campeão municipal da primeira divisão, derrotando Ferroviário, Pertile e Corinthians nas finais. "O Estádio Joaquim Vidal lotava para ver as finais. Nosso time tinha jogadores profissionais que faziam a diferença", conta o ex-zagueiro da equipe. Lawwal lembra que entre 85 e 86, o time chegou a ficar 54 jogos invictos. "Perdemos a invencibilidade para o Sinimbu em um amistoso disputado no Estádio dos Cinamomos. Aquele feito tornou o Estrela respeitado na região". Em 1988, o Estrela disputou o Estadual de Amadores, mas a equipe acabou sendo eliminada na segunda fase.
A série de conquistas do Estrela em Cachoeira do Sul acabou acirrando a rivalidade com as demais equipes do município. "Os demais times não aceitavam mais perder para o Estrela. Todo jogo era uma guerra, chegando a ocorrer agressões contra nossos atletas e torcedores. Tínhamos um grande time, mas quase fomos rebaixados. Em razão disso, foi nosso último ano e não participamos mais".
A partir de 1991, Valério Lawall idealizou a disputa do Campeonato Intermunicipal de Futebol de Campo, que reuniu equipes de Candelária e Cerro Branco e que foi realizado por quatro anos. No primeiro ano da competição, o Estrela sagrou-se campeão dos titulares ao vencer o Canarinho, de Candelária, na final, por 1x0, gol de Mira.O time do Estrela, que conquistou a competição, contou com Nico,Vanderlei, Deicke, Carlos, Lindomar, Mira, Manequinho, Dudu, Gi, Zico e Fernando. Time treinado por Valério Lawall.
CLÁSSICOS - Sobre os principais adversários, Valério Lawall destaca as partidas contra o Real, que tornaram a partida um clássico lembrado até hoje pelos esportistas da região. "Estrela e Real sempre foram grandes jogos, acirrados, onde cada qual queria vencer. A rivalidade era tamanha, que mobilizava as duas comunidades na semana que antecedia aos jogos". Outro duelo lembrado por Lawall era contra o União, devido a proximidade dos campos.
Após a emancipação de Novo Cabrais, o Estrela participou dos campeonatos de futebol sete e futsal, organizados pelo município, mas sem registro de conquistas recentes. A equipe também participou dos municipais de campo, realizados em 2012 e 2013, que foram vencidos pelo São Claudio. Conforme Lawall, o time está realizando três vezes por ano o encontro dos jogadores do Estrela. O clube está estudando a possibilidade de disputar o campeonato municipal de veteranos sub-45 em Cachoeira do Sul. "Recebemos um convite dos organizadores pela história do Estrela na competição e se tiver viabilidade, pretendemos participar", finalizou o ex-prefeito.



Primeira formação do Estrela em 1959


Time do Estrela em 1974

Estrela, campeão da segunda divisão do Municipal de Cachoeira do Sul em 1983

Estrela, campeão municipal da primeira divisão de Cachoeira do Sul em 1986

Time do Estrela que disputou o Estadual de Amadores em 1988

Estrela, campeão Intermunicipal em 1991
Estrela, bi-campeão intermunicipal em 1993

Ex-Prefeito de Novo Cabrais, Valério Lawall relembra as histórias do Estrela com fotos, camisas e registros do clube de Linha Pfeifer




O São João, de Linha São João

O dia 24 de junho é uma data especial para os cristãos, pois celebra o nascimento de João Batista, o profeta que previu o advento de Messias na pessoa de Jesus Cristo, que o batizou. É uma festa cristã comemorada no mundo inteiro. No Brasil, a data remete ao dia de São João, uma das festas juninas de grande destaque no País. Pois nesse dia, em 1985, surgia em Novo Cabrais a comunidade de São João, uma reverência ao padroeiro da localidade hoje denominada Linha São João, interior do município.
A partir de 1939 começava a surgir o time de futebol da comunidade, que pode ter sido o primeiro do município. Essa informação consta na ata de fundação do Esporte Clube São João, guardada com carinho por Augusto Elesbão. Com 79 anos, o aposentado conta que na propriedade de Ernesto Camilo surgiu o primeiro campo da equipe. Os primeiros jogadores foram Luís Maximiliano Cerentini, Ernesto Camilo, Antônio Camilo, Miguel Camilo, Natal Bilha, Aristides Bilha, Alcides Bilha, Ilo Bordignon, Sílvio Geraldo Cerentini, Ernesto Cerentini, Victor Scota, Mário Scota, Professor Florindo Daniel, Pedro Armando Michel, João Franscisco Furlan, Ernesto Luchese, Antônio Luchese, Pedro Ildor Lovatto, Máximo Augustinho Lovatto, entre outros. "Como não havia outros times na época, essas pessoas disputavam amistosos entre si. O futebol começava a ser uma diversão", conta Elesbão.
Na ata está registrado que após 20 anos, em 1959, o segundo campo do time, denominado Associação Esportiva São João, foi construído na propriedade de Luís Maximiliano Cerentini, permanecendo ali por oito anos. Entre 1969 e 1990, o campo do time passou para a propriedade de Teodoro Calonti. Após cinco anos desativado, o São João retomou a prática do futebol em 1995, no ano do centenário da comunidade, no campo existente até hoje, na propriedade de Elesbão, que passou a integrar a diretoria. "O presidente era o Arcelito Augusto Furlan e eu atuava como diretor financeiro. Fizemos um grande torneio de reinauguração do time que contou com 22 times. Toda a renda foi doada para a comunidade", lembrou.
Nos anos 1960 e 1970 não se tem informações de conquistas do São João. Elesbão contou que naquela época ele não morava na região, mas observou que o time disputava torneios de futebol de campo. Em sua casa, o aposentado montou na garagem toda a galeria de troféus e de certificados conquistados pela equipe. "Fui na sede da comunidade e vi os troféus abandonados. Decidi buscar eles e montei esta galeria para valorizar a história do time", explicou.
Conforme os registros de dois certificados, o São João foi o primeiro campeão da Copa Cosin de Futebol de Campo, disputada em 1987, com o time sagrando-se campeão ao vencer nos titulares e reservas. Elesbão guarda uma foto deste momento histórico. "Tenho poucos registros do futebol de campo, mas essa foi a primeira conquista de relevância", relatou ele.
CLÁSSICOS - Após integrar a diretoria do time em 1995, Elesbão iniciou a construção da sede do time no campo de futebol sete, que foi realizada em três etapas. Com a obra concluída, o time começou a realizar amistosos e a participar do Campeonato Municipal de Futebol Sete de Novo Cabrais.
Em 1998, o São João disputou sua primeira final de municipal contra o Gravatá, time fundado na mesma localidade, dando início a uma das maiores rivalidades do futebol em Novo Cabrais. Na decisão da categoria A, empates em 2x2 e 3x3. Quando teria início a disputa da prorrogação, ocorreu uma invasão de campo, com a arbitragem encerrando a partida. A prorrogação foi disputada em uma nova data, com o jogo ocorrendo em Paraíso do Sul. No tempo normal, 0x0, com a decisão indo para os pênaltis, que foram vencidos pelo São João. O time campeão foi formado com Tadeu, Airton, Paulo, Adriano, Cláudio Rogério, Jarbas Cerentini e José Ribeiro, comandados pelo técnico Irineu Furlan. Na categoria B, o São João também foi o campeão da categoria.
"Os clássicos com o Gravatá eram um jogo à parte, como se fosse um Gre-Nal, onde ninguém queria perder. O próprio pessoal do Gravatá sempre dizia que o São João era a pedra no sapato deles, pois sempre eles paravam em nós. Hoje somos todos amigos", lembrou Elesbão.
Em 1999, os dois tradicionais rivais da localidade voltaram a decidir o municipal de sete nos titulares. No primeiro jogo, vitória do Gravatá por 2x0. No segundo, o São João venceu por 2x0 no tempo normal e por 1x0 na prorrogação, gol de Fernando, sagrando-se bicampeão. Nos reservas, o São João também conquistou o bi na categoria. O time da categoria A, campeão em 99, foi formado com Ezequiel, Airton, Fernando, Tição, Joel, Queli, Vanderlei, Lito, Edson, Luciano, Mateus, Délio, Jarbas e Pierri. Técnico Irineu Furlan.
Na história da competição, o São João foi campeão dos titulares em 2004 e 2007. Nos reservas, a equipe também ergueu o caneco em 2003, 2004, 2006 e 2008. Nos veteranos, venceu o municipal em 2006 e 2008. Elesbão, que também foi presidente da equipe, guarda em sua casa os 13 uniformes usados pelo time nas competições. Atualmente o São João está com as atividades paralisadas por conta da erosão que atingiu o campo da equipe após uma forte enchente, mas Augusto Elesbão faz questão de deixar a história do time viva nos troféus, fotos e recortes de jornal que guarda com carinho. "Sempre valorizei e continuo valorizando o futebol, que sempre foi um momento de diversão e lazer para a comunidade. Hoje estamos parados, mas quero arrumar a sede e recolocar o São João novamente em evidência", finalizou o dirigente.



São João foi o primeiro campeão da Copa Cosin, em 1987 
O time do São João, campeão municipal de sete em 1999


Clássicos entre São João x Gravatá marcaram a história do futebol em Novo Cabrais

Augusto Elesbão guarda com carinho os troféus e uniformes do time em sua casa


O São Claudio, do Cortado

O futebol sempre foi uma paixão para os moradores da localidade de Cortado desde o surgimento da Comunidade São Claudio, entidade que possui mais de cem anos de história. Conforme os relatos de Edson Guhl, o Tição, 44 anos, e José Luis Lopes, 52 anos, ex-jogadores do São Claudio, os jogos de futebol no campo da comunidade sempre existiram desde os primórdios. "Nos anos 70 tinha um time que era chamado Esperança e que jogava amistosos e torneios pela região. Naquela época o futebol era o único lazer da comunidade", recorda Lopes.
Com o objetivo de disputar a primeira divisão do Campeonato Municipal de Cachoeira do Sul, no dia 29 de junho de 1985, foi realizada a reunião, na sede do Salão Paroquial São Claudio, que formou a diretoria do primeiro time oficial, que na época foi denominado Sindicato Futebol Clube. "Esse nome foi escolhido em razão do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cachoeira do Sul, Valter João Luchese, estar apoiando o surgimento do time e como uma forma de facilitar a inscrição da equipe no campeonato", conta Tição.
Naquele campeonato o time do Sindicato foi formado com Zauro, Jota, Naldo, Reovaldo e Fardin. Badico, Ceniro, Fernando Fardin e Muniz. Neto e Licério Piaza. Também jogaram naquele time Célio e Pincel. O primeiro presidente eleito para dirigir o time foi Fernando Fardin. Devido a problemas  registrados na partida contra o Santos, de Cachoeira do Sul,  disputada em Cortado, pelo municipal, o Sindicato acabou sendo excluído pela organização. Em nova reunião, os dirigentes do time decidiram que o time jogaria somente amistosos  e que passaria a se chamar Associação Esportiva São Claudio.
TRICAMPEÃO - Com a mudança, o São Claudio realizou uma série de amistosos. Em 1988, o time começou a participar do Campeonato Regional organizado pela COSIN, que envolvia times da quarta colônia. No primeiro ano, o São Claudio acabou obtendo o vice-campeonato ao perder o título para o rival São João, que foi o campeão no sistema de pontos corridos. "São Claudio e São João era um jogo a parte. A rivalidade era muito forte e ninguém aceitava perder. Hoje somos todos amigos", lembra Lopes .
Nos anos de 89,90 e 91, o São Claudio passou a trilhar uma história vencedora na competição, vindo a se consagrar tri-campeão do certame, denominado  Taça Bradesco Cosin. Tição lembra que em 89 a final foi contra a Socipê. No primeiro jogo, em Paraiso do Sul, vitória da Socipê por 2x0. Na segunda partida, em Novo Cabrais, o São Claudio venceu por 6x1. Na prorrogação, a equipe cabraisense sagrou-se campeão ao vencer por 3x1, com Marcel Schoenfeldt, o Queli, marcando o gol do título. O time vencedor de 89 foi formado com Célio, Claiton, José Luis Lopes, Telmo e Tição. Queli, Badico, Taxinha e Larri. Claudio Cesar e Foppa. Também atuaram Geovane e Marquinhos, time treinado por Moacir Lovatto.
Em 90, a conquista do bi foi nas penalidades contra o Contenda, de Paraíso do Sul. No primeiro jogo, empate em 1x1 e na segunda partida, empate 2x2. Na prorrogação, o jogo foi 0x0. Nos pênaltis, brilhou a estrela do goleiro Braulio, que entrou no fim da prorrogação no lugar de Zeiro. "O Zeiro estava pegando tudo naquele jogo. Quando o Moacir trocou o goleiro no fim da prorrogação, o repórter da Rádio Integração disse que o treinador só poderia estar louco. Pois o Braulio entrou e defendeu dois pênaltis, sendo o herói daquela final. Ai se explicou o porque da substituição", recorda Tição. O time campeão em 90 teve Zeiro, Fernando, Alexandre, José Luis e Tição. Mateus, Julinho Souza e Taxinha. Paulo Sanmartin, Gilmar Pavin e Jorge Aguirre.
Na conquista do tri, em 1991, brilhou a estrela de um centroavante candelariense. Lopes conta que a final foi contra a Sociedade, de Paraiso do Sul. No primeiro jogo, empate em 2x2. No segundo jogo, em Cortado, vitória do São Claudio por 1x0, gol de Gilmar Pavin, em cobrança de falta. " O Pavin chamou todos os jogadores da defesa e pediu para que não tomássemos gols que lá na frente, na primeira falta na frente da área, ele faria o gol. Ele prometeu e cumpriu aos 30 do primeiro tempo. Depois nos seguramos para comemorar o tri", destacou Tição. A equipe vencedora naquele ano foi formada com Zeiro, Fernando, José Luis, Borba e Tição. Mateus, Taxinha, Julinho e Ratão. Gilmar e Paulo Sanmartin, treinados por Moacir Lovatto.
"Foi um período especial. Tínhamos os jogadores que vinham de Candelária só pela despesa e amizade. Depois do jogo, a cerveja e o lanche eram liberados para todos os jogadores, sendo uma recompensa merecida. Todos jogavam por amor a esta camisa", recorda Tição.
MUNICIPAIS - Nos anos 90, o São Claudio obteve um título municipal de futebol sete na categoria titulares e dois na categoria reservas. Em 2012 e 2013 a nova geração do time também fez bonito e se consagrou o único time bi-campeão do municipal de futebol de campo de Novo Cabrais. Conforme Diego Foppa, mais conhecido por Foppinha, nas duas finais, a equipe de Cortado venceu o Ipiranga, de Linha Faxinal. Em 2012, após empates em 2x2 e 1x1,o título foi decidido nos pênaltis, que foi vencido pelo São Claudio por 5x4. O time campeão foi formado com Vaguinho, Ceceu, Joel e Tiçãozinho. Adriano, Fabricio, Foppinha e Maicon. Fabiano e Abacate, treinados por Tição.
Em 2013, o São Claudio conquistou o bi ao vencer o Ipiranga por 5x0 e 1x0. O candelariense Dionatan Moralles marcou o gol do título. O time campeão foi formado com Vaguinho, Maicon, Joel, Cecé e Tiçãozinho. Adriano, Fabricio, Cassio e Pato. Dionatan e Fabinho.
Atualmente o São Claudio está com o time desativado, mas deverá participar do municipal de campo em 2015, se o mesmo for realizado pela prefeitura. "Só temos a agradecer ao prefeito Leodegar por realizar a competição. A disputa do municipal é um incentivo aos jovens para a prática do futebol no município, ajudando a formar novos jogadores", disse Tição.


O time do São Claudio, tri-campeão da Copa Cosin: Naldo, Moacir, Fernando Fardin, Miguel Inácio, Ratão, Gilmar Pavin, Mateus, Claiton, Foppa, José Luis, Taxinha, Osmar, Deicke, Zeno e Adalberto. Agachados: Zeiro, Julinho Souza, Dandinho, Paulo Sanmartin, Tição, Marquinhos e Jorge Aguirre

São Claudio era referência para as crianças da localidade de Cortado

São Claudio contava com grandes jogadores para a disputa da Copa Cosin

 São Claudio, campeão municipal de Novo Cabrais em 2012 

Bi-Municipal do São Claudio conquistado em 2013

Foppinha, Tição e José Luis Lopes com as históricas camisas do São Claudio










terça-feira, 23 de junho de 2015

O Nacional, de Cortado


1982. Ano em que o Brasil ainda seguia sob o regime militar, com o comando de João Figueiredo, mas já começava a trilhar os primeiros passos rumo à democracia. Ano da Copa do Mundo na Espanha, em que a Seleção Brasileira, comandada por Telê Santana, encantava o mundo, mas acabaria derrotada pela Itália, naquela que ficou conhecida como a tragédia de Sarriá – nome do antigo estádio (já demolido), da cidade de Barcelona. Nesse mesmo ano, a paixão pelo futebol também encantava o agricultor Arthur Arreal, de Novo Cabrais, que decidiu fundar um time de futebol para incentivar os filhos na prática do esporte. Era aí que começava a surgir o Esporte Clube Nacional, de Cortado.
Marlene Arreal, esposa de Arthur, e o filho, Gilson Arreal, 27 anos, contam que José Mauro de Arreal e Telmo Bernardi também auxiliaram na organização do time. O campo, existente até hoje, fica na propriedade da família. O filho conta que antigamente o time disputava amistosos e torneios na região e participou dos primeiros campeonatos no município de Paraíso do Sul. "O pai tinha uma camionete D10 que ele colocava uma lona e dois bancos na carroceria. Com qualquer tempo, eles jogavam torneios aos fins de semana pela região", conta Gilson. Na época, os principais torneios de futebol de campo eram disputados nos campos do Santo Oswaldo, em Rodeio do Herval, Cerro Branco, e no campo da Sociedade, em Paraíso do Sul.
Uma das primeiras formações do Nacional teve Silvério, Telmo, Jovane, Jota, Dileno, Sebinho, Mico, Mauro, Morais e Rudinei. Também integravam o time Ademar, Lauro, João Luis Arreal, Sandro, Délio, Muçum, Rafael, Neri, Sabino, Renê, Clóvis, João Henrique, Bugre, Jarbas, Zé Ratão e Valmo, comandados por Arthur Arreal. "Eu atendia na Copa e uma vez o Arthur me pediu para fazer batata-frita para vender ao time visitante que disputava um amistoso. Na época, eu não sabia o que era batata-frita. Na corrida, fritamos umas batatas na panela de ferro, sem uso de banha. Se o pessoal gostou, eu não sei, mas comeram tudo", recorda Marlene.
CONQUISTAS - Foi a partir da segunda geração que o Nacional começou a obter títulos expressivos no esporte. Conforme Gilson, em 2003, o seu irmão, Jonas Arreal, assumiu a organização da equipe. "Neste período passamos a investir e a buscar jogadores para as competições. O Jonas estava estudando em Santa Maria e trouxe muitos atletas na amizade, pois custeávamos apenas as despesas", conta ele.
O resultado dentro de campo foram as conquistas do Municipal de Futsal de Novo Cabrais, na categoria principal, em 2003, 2004, 2006 e 2007 e um na categoria B, em 2005. No Futebol Sete, a equipe venceu nas categorias A e B, em 2005; na categoria A, em 2006; e na categoria B, em 2007. No futebol de campo, o Nacional foi o primeiro campeão municipal da categoria  B, em 2013, e campeão do intermunicipal com Cerro Branco, em 2014, também na categoria B. A agremiação ainda se destacou na bocha, obtendo várias conquistas municipais.
No auge das conquistas, Arthur Arreal faleceu em 2006, com 70 anos. "Ele morreu na véspera da final do futebol sete. Jogamos aquela final com uma faixa de luto em homenagem a ele", lembra o filho. Em lembrança ao fundador, o atual campo do Nacional se chama atualmente Praça de Esportes Arthur Arreal. "Ele era um apaixonado pelo esporte e deixou um legado que vamos levar para sempre", finaliza o filho.




Um das primeiras formações: Mauro, Sabino, Muçum, Jerônimo, Abel, Renê e Lauro.
Agachados: Vilmar, Lino, Valmo, Ceniro e Clóvis 



Nacional realizava amistosos em Cortado, no interior de Novo Cabrais



Arthur Arreal, o fundador do Nacional



Gilson Arreal mostra a galeria de troféus conquistada pela equipe nas competições

Nacional foi campeão intermunicipal de campo - cat B entre Novo Cabrais e Cerro Branco no ano de 2014




Intermunicipal de Futebol Sete de Novo Cabrais - Parte 3

Nos pênaltis, Mercado Rende Mais é tricampeão 

Pela terceira vez o Mercado Rende Mais, de Agudo, escreveu seu nome na galeria dos campeões do Campeonato Aberto de Sete de NovoCabrais/Sesc. O Mercado Rende Mais foi finalista nas últimas cinco edições do Aberto de Sete. Com o título, a equipe passa a ser a maior vencedora do Aberto de Sete. Em uma noite de temperatura agradável, o Centro Desportivo Municipal ficou praticamente lotado. O público que lotou as dependências do Centro Desportivo não se decepcionou com o que viu: Mercado Rende Mais e ZFC/Xtreme, de Candelária, só confirmaram as expectativas de um grande jogo e fizeram uma decisão histórica, mostrando um futebol de alto nível.
A noite começou com o confronto entre Central e Estrela, valendo o título da categoria veteranos. O início de jogo foi lento, ambas as equipes trocavam passes e criavam poucas chances de gols. Entretanto, aos poucos as oportunidades surgiram, e pode-se dizer que o Central teve quatro minutos que foram fulminantes. Isto porque, aos 10 minutos, após cobrança de escanteio, Claudio Rogério marcou de cabeça para o Central: 1x0. Logo depois, aos 12 minutos, Claudio Rogério aproveitou a bola rebatida dentro da área e marcou o segundo: 2x0. Aos 14, Dudu arriscou de fora da aérea e marcou o terceiro do Central: 3x0.
Mesmo perdendo por três gols de diferença, o Estrela não se abalou e reagiu no início da etapa complementar. Aos 2 minutos, Paulo aproveitou o vacilo do zagueiro Rodrigo e descontou para o Estrela: 3x1. Dois minutos depois, Leandro arriscou de fora de área e contou com o desvio na defesa para recolocar o Estrela na partida: 3x2. A partir dai, só deu Estrela. A partida virou ataque contra defesa, mas o Estrela não conseguiu marcar. A chance mais clara surgiu restando cinco minutos para o termino da partida, quando Valnei, do Central evitou o gol de Giovane em cima da linha. No final, o Central ainda perdeu Claudio Rogério, que foi expulso após tomar o segundo cartão amarelo. Apesar de jogar os minutos finais com um jogador a menos, o Central conseguiu suportar a pressão do Estrela e faturou o titulo inédito. Com a vitória, o Central levou o prêmio de R$ 400. O Estrela, vice-campeão, ficou com o prêmio de R$ 200.
Feito isso, chegava a hora da partida mais esperada da noite entre Mercado Rende Mais e ZFC/Xtreme. A competição foi equilibrada do início ao fim, com lances ríspidos de uma decisão. Logo na saída de bola, Rafinha arriscou do meio campo e quase surpreendeu o goleiro Renan, do Rende Mais. Apesar de um início de jogo melhor do ZFC/Xtreme, foi o Rende Mais quem marcou. Em sua primeira boa chegada ao ataque, Renatinho desviou o chute de Adriano e abriu o placar para os agudenses:1x0. Em desvantagem no placar, a equipe candelariense foi para o ataque. Aos 7 minutos, Digo arriscou de fora da área e obrigou o goleiro Renan, do Rende Mais a fazer uma grande defesa. Na sequência, Pedro quase empatou.  O camisa 23 chutou forte de fora da área e a bola passou muito perto do ângulo direito. Por diversas vezes, o ZFC/Xtreme arriscou de fora da área, mas sem êxito. Aos 10 minutos, o time conseguiu o empate com gol de Willian. Em cobrança de falta de muito longe, o camisa 30 do ZFC/Xtreme acertou o ângulo direito da meta defendida por Renan: 1x1. Aos 20, a bola rebatida dentro da área do ZFC/Xtreme sobrou para Diego, que quase marcou. No fim do primeiro tempo, o goleiro Marcelo, do ZFC/Xtreme fez grande defesa na bola cabeceada por Binho. A primeira etapa terminou empatada, 1x1.
Nos primeiros minutos da segunda etapa, o ZFC/Xtreme controlou bem os movimentos ofensivos do Rende Mais e foi eficiente no ataque. Aos 5 minutos, Rafinha deu belo passe para André virar a partida para a equipe de Candelária: 2x1. O gol abalou o Rende Mais. Aos 8 minutos, Digo desarmou o defensor do Rende Mais e rolou para Willian, que só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo da rede do Rende Mais: 3x1. Após o terceiro gol sofrido, o Rende Mais pressionou, mas parou no goleiro Marcelo. Tudo parecia estar bem encaminhado para o titulo do ZFC/Xtreme, mas aos 21 minutos, após cobrança de escanteio a bola foi cabeceada na trave, no rebote Vagner descontou: 3x2. O empate do Rende Mais veio menos de dois minutos para o término da partida, quando o artilheiro Binho chutou cruzado e venceu Marcelo: 3x3.
Com o empate, a partida foi para a prorrogação e foi o ZFC/Xtreme que criou as melhores oportunidades. Na primeira etapa, no lance de maior perigo, Rafinha girou dentro da área e Renan salvou o Rende Mais com uma bela defesa em dois tempos. Na etapa final, Criba quase marcou de fora da área, mas as duas equipes não saíram do 0x0. Com  isso, o campeão foi definido nas penalidades, onde o Mercado Rende Mais venceu pelo placar de 4x3 e ficou com o tricampeonato. Com o título, o Mercado Rende Mais ficou com o prêmio de R$ 1 mil. O ZFC/Xtreme recebeu a premiação de R$ 500.
O diretor de Esporte de Novo Cabrais, SávioLopes, avaliou a competição de forma positiva. "No quesito publico, o campeonato superou as expectativas. A questão técnica de ambas as categorias foi muito boa. A categoria veteranos, apesar de ter contato com quatro equipes apenas foi muito bom e só tem a evoluir para os próximos anos. Nossa ideia, é que em 2016 a competição inicie na primeira sexta-feira de fevereiro, com novidades na premiação", salientou Lopes.
DESTAQUES - Após o término das partidas, aconteceu a solenidade de premiação, que foi realizada pelas soberanas dos esportes (Amanda Bredow, Franciele Severo e Samara Pavanatto), o Prefeito de Novo Cabrais, Leodegar Rodrigues, e pelo Diretor de Esportes, Sávio Lopes. Confira os premiados abaixo:
Goleiro menos vazado (veteranos):Ivanio (Central);
Goleador (veteranos): Dudu, Central, 4 gols
Destaque (veteranos): Carlinhos (Estrela)
Goleiro menos vazado (livre): Marcelo, XFC/Xtreme
Goleador (livre): Binho, Mercado Rende Mais, 9 gols
Destaque (livre): Willian, ZFC/Xtreme

Central, campeão nos veteranos

Estrela, vice-campeão nos veteranos

Mercado Rende Mais, tri-campeão na categoria livre

ZFC/Xtreme, vice-campeão na categoria livre